segunda-feira, 3 de março de 2014

Mitos sobre os animais

Hoje vou explicar alguns dos mitos que já devem ter ouvido acerca de diversos animais...


1. Memória de elefante


Já devem ter ouvido várias vezes esta referência aos elefantes...
Este animal tem uma grande capacidade para armazenar informações, e isto deve-se às exigências do seu dia-a-dia, do meio onde vivem, pois percorrem grandes áreas e deste modo desenvolvem uma memória espacial que permite recordar onde podem encontrar por exemplo água, comida ou saber como evitar perigos e predadores, mesmo andando centenas de km. Um investigador testemunhou que mãe e filha reconhecem-se após vários anos separadas, sem nunca se terem visto entretanto, o que mostra que estes animais nunca esquecem os seus familiares.


2. Lágrimas de crocodilo


Este mito vem do facto de que este animal chora enquanto mata e come as suas presas.
O que acontece é que estes predadores são forçados a rasgar a carne e engolir esses pedaços inteiros, pressionando assim com força o céu da boca, o que comprime as suas glândulas lacrimais. Assim, enquanto ele devora a vítima, lacrimeja.


3. As marmotas conseguem prever a chegada da Primavera


Esta é uma crença antiga  que no dia 2 de Fevereiro, todas as marmotas terminam a sua hibernação e saem das suas tocas. Se virem a sua sombra, é porque o Inverno dura mais seis semanas, se não virem, é porque a Primavera está a chegar. As marmotas têm um período de hibernação de 6 a 7 meses, e quando vêm à superficie é uma resposta biológica às alterações da luz e temperatura, que dão indicações sobre o clima.


4. Os morcegos são cegos


Este mito está errado. Este mamífero não vê como nós, mas tem os olhos funcionais e adaptados ao tipo de ambiente em que se desloca, ou seja com pouca luminosidade. Além disso, orientam-se no escuro através da ecolocalização, que funciona como um sonar. O morcego emite ondas sonoras em frequências inaudíveis para o ser humano que, ao encontrarem um obstáculo, retornam e são captadas pelo seu ouvido. Através deste sinal conseguem medir a que distância está o objeto, qual o seu tamanho e até a velocidade.



5. Os camelos armazenam água nas bossas


Alguns de vocês se calhar quando eram mais novos pensavam que os camelos armazenavam água nas suas bossas de forma a conseguir sobreviver no deserto sem desidratar, mas isto não é verdade.
Estas são um reservatório de gordura, de onde os camelos retiram a energia necessária quando há pouco alimento, podendo estar imenso tempo sem comer, e ainda evita que haja retenção de energia térmica isolando todo o corpo, e conseguindo assim sobreviver em climas muito quentes como o deserto.
Se estiverem a passar fome, as bossas ficam reduzidas ou chegam mesmo a desaparecer.
Quanto à água, é armazenada por todo o seu corpo, particularmente na corrente sanguínea, o que lhes permite evitar a desidratação de uma forma muito eficaz. 
Normalmente, os camelos podem passar cerca de uma semana sem beber água, e sabe-se ainda de alguns que passaram mais de 1 mês sem ver água e que perderam até 1/3 do seu peso, mas com a capacidade que estes animais têm de beber até 150 litros de água de cada vez, hidratam-se rapidamente.


6. A avestruz enterra a cabeça na areia


Isto está errado, nunca observaram tal comportamento e se pensarem bem não faz muito sentido. Se estes animais se sentissem ameaçados nunca iriam enterrar apenas a cabeça na areia pois o resto do corpo iria ficar descoberto e por isso nunca iriam sobreviver muito tempo, para além disso seria dificil respirar debaixo de terra. Este mito surgiu apenas devido à ilusão optica, as avestruzes têm a cabeça pequena e quando se alimentam parecem estar com a cabeça na areia, quando visto a uma certa  distância.


7. Memória de peixe


Este mito é bastante conhecido, quase todas as pessoas pensam que os peixes têm uma memória de 
segundos e até já foi usado no filme do Nemo, mas isto não é verdade pois se assim fosse como é sobreviveriam aos predadores?
Um cientista realizou testes que demonstraram que o peixe arco-íris australiano se conseguia lembrar onde estava um buraco de fuga quando estava numa simulação de uma rede de arrasto. Um ano depois de aprenderem onde estava o buraco de fuga, o peixe encontrou-o imediatamente. O departamento de biologia da Universidade de Sidney, na Austrália, também comprovou que os peixes têm memórias de longo prazo e ainda que estes conseguem aprender novas informações.


8. Camaleões são os mestres do disfarce


São répteis e mudam de cor, é verdade... mas não é bem verdade que mudam de cor em função do meio ambiente. Na verdade, as variações de cores têm a ver com o seu estado de espírito, ou seja, as emoções, serve ainda para atrair as fêmeas, afastar os inimigos, lutar contra outro da mesma espécie, assim como a temperatura e a luz também podem influenciar tais variações. 
Um estudo feito por cientistas australianos, submeteram estes animais a duas situações diferentes: encarar um rival da mesma espécie e ficar diante de um predador. 
O que repararam foi que as mudanças de cor mais radicais ocorreram quando os camaleões se enfrentavam, e não quando se sentiam ameaçados por uma serpente ou por uma ave de rapina. Ao disputar espaço com outro camaleão, os exemplares usados assumiram cores berrantes, que aparentemente serviam para intimidar o inimigo. A camuflagem, segundo os cientistas, seria uma uma função secundária.
Por vezes é mais para chamar a atenção do que para se camuflar.

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